Benedito nasceu na Sicília, por volta de 1526, filho de pretos que haviam sido escravos ou que o tinham sido. Ingressou num convento franciscano de Palermo, capital da Sicília, e foi religioso exemplar, primando pelo espírito de oração, pela humildade e pela obediência. Embora simples irmão leigo e analfabeto, a sabedoria e o discernimento que possuída fizeram com que fosse nomeado mestre dos noviços e mais tarde fosse eleito superior do convento. Atendia a consultas de muitas pessoas que procuravam para pedir conselhos e orientação segura.
Foi favorecido por Deus com o dom dos milagres. Tendo concluído seu período como superior, retornou com humidade e naturalidade para a cozinha do convento, reassumindo com alegria as funções modestas que antes desempenhara. E assim, na mais sublime indiferença pela sua própria pessoa, faleceu com fama de eminente santidade. Foi canonizado em 1807 e é um dos padroeiros de Palermo. No Brasil, entre os escravos e as pessoas de cor, foi muito difundida sua devoção, geralmente associada a de Nossa Senhora do Rosário, à de Santo Elesbão, Imperador negro da Etiópia, e à Santa Efigênia, princesa também negra e igualmente etíope.
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